23 de novembro de 2011

25 de novembro: Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher


Não sei por onde começar, mas sei que não quero falar do meu dia 24 de fevereiro de 2008, da maneira que apanhei do meu ex-namorado, do meu namorado ou da dor que minha família passou. 

Direciono o meu texto para as meninas que namoram, principalmente as gurias que estão começando um relacionamento. Não tenho base em estudos, mas na minha experiência. Ok?

As reações do seu namorado dizem muito sobre ele. No início o cara é um doce, atencioso, mas depois ele é possessivo, ciumento e cheio de razão. Ele sai para beber com os amigos, mas não admite que você vá até a esquina sozinha. Acompanhada? só se for com ele.  

Numa discussão ele quebra coisas, arranca seu colar do pescoço, deixa você chorando sozinha. Não tem consideração com seus amigos. Tem uma necessidade imensa de beber, usar drogas e fumar. Só o excesso faz bem para ele. E ele é moralista. Sempre. Ele manda em você. Você obedece. Mas ele é um doce, lembra? (às vezes ele era mesmo, outras não...e o não é muito mais forte). 

Não preciso dizer que tudo isso aconteceu comigo, antes do dia 24. Eu tinha vergonha de admitir que estava namorando uma pessoa assim. Eu fingia para todo mundo que tudo estava bem, mas só eu sabia o quanto aquele "estar bem" pesava em mim. Não queria  falar os meus pais que - mais uma vez - eu estava com a pessoa errada. E, com certeza, eles gostariam muito de ouvir isso e não ouvir meu choro de dor ou ver as marcas no meu corpo. 

Depois de tudo eu saí dos meus empregos, eu não tinha condições psicológicas para trabalhar. Lembro que dei uma aula, e tive que ir com roupas compridas (no calor de março) para esconder os machucados. Também voltei a morar com os meus pais e naquela época só conseguia dormir com ajuda de rivotril e ao lado da minha mãe. Sem contar nas idas para a delegacia e a tristeza dos meus pais. Fico triste quando lembro que tudo isso também resultou em dor para eles também. 

No início eu tinha uma necessidade imensa em falar sobre isso. E isso me protegia também. As pessoas me ligavam, meus amigos tentavam animar minha vida. Tive muito apoio. E isso foi fundamental. 

Uma parte chata de toda essa história é que minha auto-estima morreu. Eu conseguia encontrar defeitos em mim, transferi muita coisa para um relacionamento que tive logo depois ... transferi muita dor. Mas muitas pessoas não estão preparadas para lidar com o drama do outro. E lógico, o relacionamento não deu certo. 

No início desse ano comecei a terapia. Há 10 meses vou na Psicóloga Joselaine Garcia  - a melhor - e posso afirmar que foi a melhor ideia da minha mãe (ela que marcou a primeira consulta) e o melhor investimento de 2011. Descobri tantas coisas, tenho aprendido tanto com a terapia, e mandei embora boa parte desse trauma.  Aprendi a lidar com meus relacionamentos (namoro, amigos, família, etc) e aprendi a lidar comigo mesma. 

O mais importante de tudo é não deixar que um namoro influencie em toda sua vida. Saber dizer "não", e não deixar nenhum homem humilhar você. As mulheres precisam de amor (próprio) e bom humor. 

Agora, se você deixou passar e o cara agrediu você, tenha muita força de vontade, grite por socorro e denuncie. Abrace sua família, amigos, filhos, desconhecidos (muitas pessoas ajudam nessas horas) e lute contra qualquer ato de violência. Não deixe que um homem (mesmo que seja o "amor da sua vida") desrespeite quem você é.  


Ser mulher é merecer respeito em qualquer lugar, em qualquer situação. 



16 de novembro de 2011

Peso, medidas e dietas

Sempre tive problemas com meu peso. Também posso declarar que meu estado civil é: Eternamente em dieta. Pois é, nunca foi fácil viver em um mundo onde ser "bonito" está relacionado com o fator ser "magro". 

Lembro até hoje que aos 16 anos tive uma mega inspiração divina e voltei das férias de verão 12 kg mais magra. Os meninos da minha escola fizeram um corredor de palmas e assovios. Foi o auge. Fui POP d+ naquele ano. Minhas calças desenhadas fizeram moda no colégio, minhas notas eram ótimas e eu vivia para ler, malhar, começar namoro em um dia e acabar no outro e assistir novelas mexicanas. Foi também meu último ano naquela escola, com aqueles que foram os meus amigos durante todo o tempo de colégio.

Minha vida era extremamente regrada. Eu era feliz assim ( ou achava que era...)

Cheguei aos meus desejados -25kg, menos saúde, menos elogios e muitas neuras. Eu queria ser magra. E estava magra demais. Mas eu era a única pessoa que não percebia isso.  

Mas meu fim não foi trágico. Seis meses depois, minha mãe me levou na nutricionista (meu ciclo menstrual estava offline) e contou as minhas loucuras. A nutri conversou comigo sobre anorexia, tomei vitaminas e logo tudo voltou ao normal. Não engordei mais como antes, mas recuperei meu peso. Graças a Deus.

Sei que meu caso é nada, perto de muitos que acontecem por aí, e fico muito feliz quando vejo que alguns corpos anoréxicos estão saindo de cena porque não passam a ideia de "corpo saudável." 

Sinceramente, prefiro ser como sou: peito, bunda e pernas (quadris tb). Prefiro ser assim e aproveitar algumas loucuras gastronômicas. Até porque, a vida de "cheiradora de chocolate" é triste d+. 

Meninas, sejam o que vocês desejam ser, mas sem essa pressão da sociedade, da guria seca da esquina ou qualquer outra pessoa que não tenha o mínimo de respeito com você. 

14 de novembro de 2011

"...Pinte a vida com o arco-íris do prazer;
Sonhe, pois sonhar ainda é fundamental
E um sonho sempre pode acontecer..." 

Toquinho - Receita da Felicidade


11 de outubro de 2011

Prisioneiros aprisionados

Se existe algo que aprendi muito bem nesses meus 20 e poucos - absurdos e loucos - anos é que devemos fazer o que queremos. Seguir o nosso coração. Sem aprisionar nossas mentes ou tornar pessoas prisioneiras da nossa vida. E isso significa deletar nossos lixos sentimentais.

Muitas situações cortam nossas asas. Cegam nossa criatividade. E as pessoas também. Às vezes não somos livres, somos frutos de um (pré) conceito. Ou melhor, somos o que os outros esperam de nós. E os outros são o que esperamos deles.

Não podemos ser o que somos, mas podemos agir da maneira que os outros querem. Os outros não podem ser o que querem, devem agir como nós queremos. E lá no fundinho do nosso coração, a única coisa que importa é a nossa egoísta e pura satisfação. 


Culpamos nossos pais pelos traumas, os amigos pela ingratidão, os amores pelos erros. E esquecemos que somos os responsáveis pela nossa vida. Pela felicidade e/ou infelicidade que atribuímos a ela. 

 Hoje, mais do que nunca, meu mantra é libertação. Sabe quando você abre o seu coração, sem medo e sem vergonha? Essa satisfação já vale toda minha paz e felicidade.


 Comecei a minha faxina.



12 de setembro de 2011


2011 está superando as expectativas. E, graças a Deus, as coisas boas continuam acontecendo. Mesmo sem saber como eu estaria depois de todo o CAOS, não deixei de lutar contra todas as dores do mundo. Nesse ano eu acredito que venci o meu pior inimigo: eu mesma.

Eu poderia simplesmente aceitar um "não quero mais", ter uma overdose de anti-deprê, chorar dias e noites, infernizar a vida de quem me fez sofrer. Poderia não querer levantar da cama, nem sair do quarto, assistir seriados o dia inteiro. Eu poderia usar um pijama furado, um chinelinho de vó e devorar  uma barra de chocolate e um pote de sorvete. Cabelos por fazer seriam parte do visual "estounafossa.com.br". 

É. Eu realmente poderia fazer tudo isso, mas não quis em nenhum momento entregar minha vida de bandeja para a infelicidade. Não quis ser vítima do meu próprio apedrejamento. Não pensei em me ferir a mim e nem aos outros.

Recomecei e fiz minha própria sorte. E chego neste dia 12 com um orgulho imenso de quem eu sou, das minhas conquistas, dos meus empregos, de acreditar no amor e não ter medo de dar a cara a tapa para "o que der e vier".

No dia 11 de setembro todos se perguntavam onde estavam há 10 anos atrás. Lembro exatamente onde eu estava, lembro também quem eu era. E, sinceramente, aquela guria de 17 anos, morando em Porto Alegre, sem saber que rumo tomar e despreocupada com o futuro não faz parte de mim. 

Faço do meu presente " O PRESENTE". Acredito que a vida é um presente que se renova todos os dias. Então, tento, faço de todas as coisas um ato de coragem. Não aceito a tristeza. Sou tranquila com o que tenho e não escuto conselhos de quem não gosta de mim.  

2011 é um marco. É o nosso marco. Meu e de todas as pessoas que eu amo e sempre estarão aqui. 

*Texto dedicado a minha irmã, minha prima Tati e ao Rafa, que também estão fazendo a própria sorte ;)

15 de agosto de 2011

Têm coisas que são realmente estranhas, às vezes a gente acorda e sente toda felicidade do mundo e um poder de "semi-Deus" que faz ir além do limite que colocamos nas nossas ações. Tudo é tão perfeito, mas sabemos que não é "pra sempre" - sempre sabemos. Mas não deixa de ser muito gostoso de sentir.

E aqueles dias que a gente quase cai , ou porque levamos uma rasteira bem feia, ou porque queremos a queda - vítima, né?.  Mas a gente sente uma fé tão absurda e 300 anjos nos segurando. E o improvável acontece: não caimos, aprendemos a voar. E é lindo! O voo da superação é o mais perfeito de todos.

Mas nem tudo são flores, não é? Flolhas secas e galhos quebrados também existem. Nesses dias permitimos a queda, ralar o joelho, machucar o pé e quebrar a cara. Deixamos aquele sentimento ruim tomar conta da vida, relembramos falas das pessoas armagas e 20 parece 2000. Não é fácil. E para ser bem sincera: Nada é fácil.

Agora eu preciso confessar, tenho fé que os piores dias - os que doem mais - são os melhores. Aprendemos a apostar na nossa felicidade, a tirar do caminho o excesso de maldade e dar importância para o que é importante. O importante é ver o melhor - dentro da gente - e amar demais o que tem lá. O amor por nós mesmos não deve ser cego e nem vesgo.



2 de agosto de 2011

UNIVERSO TEMPERAMENTAL: A paz...

UNIVERSO TEMPERAMENTAL: A paz...: "'A paz da consciência é o maior de todos os dons. Uma pessoa com a consciência limpa não tem motivos para temer os espectros.' Lin Yutang ..."

A paz...

"A paz da consciência é o maior de todos os dons. Uma pessoa com a consciência limpa não tem motivos para temer os espectros." Lin Yutang

Posso dizer que, definitivamente, não carrego o peso de coisas mal resolvidas. E digo isso porque já vivi num tempo em que consegui carregar uma mochila pesada de preocupações. E duas bolsas de desentendimentos e numerosas punições. Até matemática aprendi: somei erros, subtrai a felicidade e multipliquei dias infelizes.

Mas tudo poderia ser diferente. Mas graças a Deus, eu tenho PAZ. P-A-Z. Três letras, uma simbologia e a famosa pomba branca. E para mim ela resume toda a minha felicidade. Paz, para mim, rima com felicidade. Escolhi o caminho do bem. Não me puni por erros, aceito meus defeitos e amo minhas qualidades e virtudes.

Não humilho as pessoas que já tentaram me derrubar. E isso já é um grande motivo para eu estar aqui, nesse exato momento, escrevendo para não sei quantos. Meu público pode ser pequeno nessa "virtualidade", mas lá fora, no calor dos beijos e abraços, existem as pessoas mais lindas: as minhas pessoas. 

Elas abraçam, beijam, dão conselho e  trabalho também. Algumas gostam de peixes, roem unhas, repetem as mesmas coisas, gostam de livros (muitos livros), pintam, moram longe, trocam mestrado por faculdade de medicina. Gostam de matemática, salão de beleza, lingerie e moda. Mas todas são lindas.

Agosto começou louco e frio. Muito frio ( lá fora) e aquecido e tranquilo aqui. É assim que tem que ser. Sem mágoas e mesmices. Sem vinganças e cobranças. Bom mesmo é estar em paz , ter fé e fazer o melhor para quem está do lado de cá.

19 de julho de 2011

Palavra do dia

Não, eu não perdi a vontade de escreve, o que faltava era inspiração. Eu vivi tantos momentos nestes últimos meses, e cada um deles dariam cenas dignas de uma novela mexicana, temas para Almodovar ou simplismente para conversas sem sentido. Mas deram muito pano pra manga.

E sabe o que é mais interessante? É ver que tudo que poderia me abalar ou me fazer chorar com uma "Maria do Bairro", não fez nem cócegas. Eu ri. Mas não para debochar ou inferiorizar. Eu ri para mim. Por mim. E pensei: "eu sou clássica, sou fabulosa." Na verdade, eu tenho estilo. Estilo para ser quem sou e não ter vergonha disso. Não me fazer de vítima ou abusar da boa fé das pessoas.

Eu quero entender. Os meus e os teus. Os nossos motivos. Minha palavra hoje é entendimento. É levantar a bandeira da paz e compreender o que nunca consegui. É deixar de olhar para o futuro ou me alimentar dos erros do passado e virar o jogo. Viver o presente. Entender hoje para não ter desentendimentos amanhã.


Entender assusta. Entender parece que fere o orgulho. Mas esses são pensamentos de pessoas que têm medo do desconhecido e de dar a cara tapa.

Mas entendimento salva. Para mim, entender o que se passa dentro do meu coração e compreender o que as atitudes das pessoas, é uma preparação. É algo quase divino.  É iluminação. É não atirar a primeira pedra, até porque ninguém está livre de "pecados".

E você pode se perguntar: Alguém vai fazer isso por mim? Não sei. Talvez sim. Talvez não. As pessoas podem não sorrir quando você chorar e nem entender tuas lágrimas.

E se entender mudasse sua vida?

17 de junho de 2011

A música fala por mim...

Gosto das palavras. Elas eternizam momentos. Tenho uma satisfação estranha quando leio escritos. Nas frases que escrevi eu vejo alguém, vejo meu outro eu. Um passado, um amor, um adeus e até uma lágrima. As vezes até acredito que sinto todas aqueles sentimentos, numa perfeita sincronia com tudo e todos que, de uma certa maneira, despertaram sentimentos extremos.

Mais uma vez quero eternizar. Mas não quero somente em palavras, eu quero me eternizar e lembrar para sempre de quem sou nesse momento. Da minha vida agora. Das coisas e pessoas que gosto. Dos meus projetos e sonhos.

E eu, que neste ano e pela primeira vez, senti a dor mais silenciosa, triste e voraz,  posso dizer que meu coração hoje é preenchido de pessoas, de paz e de uma tranquilidade tão boa.

Escolhi a forma de expressão mais linda para mim - a música - para lembrar de cada mês neste ano.



FEVEREIRO 


"Dime acaso a dónde vas
Ahora que no estoy
Dime acaso a dónde voy
Ahora que no estás" - Que Vuelvas - Shakira


MARÇO 

"Y un día después de la tormenta
Cuándo menos piensas sale el sol
De tanto sumar pierdes la cuenta
Porque uno y uno no siempre son dos
Cuándo menos piensas sale el sol" - Sale el Sol - Shakira

ABRIL 

"Yo soy loca con mi tigre
Loca, loca, loca
Soy loca con mi tigre
Loca, loca, loca" - Loca - Shakira

MAIO

" vida tem sons que pra gente ouvir
Precisa aprender a começar de novo.
É como tocar o mesmo violão
E nele compor uma nova canção" - Começo, meio e fim - Roupa Nova

JUNHO

"Mariposas cuándo estoy contigo
Vuelan de mi ombligo hasta ti
Son tantas cosas las que harás nacer en mi
Quiero que mi vientre sea nido
Siembra tu ternura en mi
Son tantas cosas las que haré crecer en ti" - Mariposas - Shakira

"dure o tempo que você gostar de mim
entre o não e o sim, só me deixe quando o lado bom for menor do que o ruim" - Nunca - A Banda mais bonita da cidade

Meu coração fala e música materializa.

9 de junho de 2011

Pré-ensaio: vida de solteira

Vamos por um ponto nisso tudo. Melhor, três pontos. Porque a história não acabou aqui. E não vai ter um final feliz. E sabe por que? Porque final feliz é muito limitado. E eu não gosto de me limitar a um final feliz. A uma vida feliz.  Eu quero uma vida bem vivida. Uma vida com fôlego. Tranquila e maluca.  Do meu jeito. Com ou sem namorado.

Fico doida quando algum parente liga para minha mãe e eu escuto: "Não, ela não casou ainda. Não, também não está namorando." (silêncio longo)..."ela disse que quer ficar sozinha por um tempo". Parece até que cometi alguma heresia. Ser solteira sem namorado é assustador para alguns familiares. Eu me pergunto se não existe perguntas mais interessantes do que essas!!!

Outra coisa que me tira do sério é a quantidade de homens que  são adeptos da lógica: SOLTEIRA = DISPONÍVEL PARA MIM = PEGUEI. Fala sério demais! Solteira não significa "para o teu bico". Solteira não significa "pegável". Solteira não significa disponível. Deu para entender? Pelo menos para mim, para o meu bico, solteira significa "disponível para mim mesma". Longe de ser individualista, chata ou radical.  Eu prefiro qualidade de vida, o que passa bem longe de "quantidade de homem". 

Mas eu não fui sempre assim. Eu já fui romântica. Acreditei em príncipe. Desacreditei na princesa aqui.  Já sonhei com casamento, engoli sapos, aguentei urucubaca, sogra e filho dos outros. Passei minhas poucas e boas. Tudo isso em prol de algo chamado AMOR, o que na verdade era um DESAMOR DE MIM MESMA. Por isso hoje eu valorizo cada minuto comigo mesma, com os meus amigos e amores. 

Eu assumi uma vida bem independente e cheia de novidades. Mas que me mantém tranquila. Sem compromissos e contratos estabelecidos. Sem preocupações com presentes, finais de semana ou telefonemas.  Sem pegação e festas em excesso. Faço tudo que me faz bem e que mantém meu equilíbrio.

E, sinceramente, eu não pensei que seria assim. A vida de solteira é um começo... mas isso, eu deixo para outra hora...

22 de maio de 2011

TRÊS MESES

Eu queria escrever sobre a importância do número 3 na minha vida. Mas não consegui. Então, parei e pensei nas três pessoas mais importantes. Mas não surgiu nenhuma ideia que encaixasse exatamente nesse pensamento. 

Pensei nas minhas três cadelas. Nos três anos que esperei para reencontrar meus amigos. Nos três anos sem a Fifi. Na minha trintade: pai, mãe e liége, amém. Em 285Três emails na caixa de entrada. Nas três amigas que estão sempre comigo. 

Mas quero mesmo é falar nos 3 meses. 

Três meses. TRÊS. E pensar que o primeiro dia começou quando eu deitei nesse mesmo lugar e senti uma dor dentro da alma. Uma dor que rasgava meu ser em milhares de trapos. O 3º dia do início destes 3 meses foi....não lembro...esqueci o terceiro dia.

E hoje só volto aqui para concluir meu ciclo 3.  No mesmo lugar. Mas não do mesmo jeito. Graças a Deus, estou aqui escrevendo depois de uma noite linda e surpreendente.

Nesses últimos meses já me disseram que eu estou na melhor fase da minha vida. E, sabe de uma coisa? Eu também acho. Nunca fui tão feliz, tão livre e nunca tinha sentido tanta paz  em minha alma quanto sinto hoje. Eu me agarro em tudo que me faz bem e não aceito nada que me deixe triste. 

Aliás, tristeza é um substantivo muito abstrato neste momento. Não ousaria dizer que não tenho dias "tristinhos". Mas desconheço a constância deles. Sem cobranças e sem interferências, sigo minha vida sem peso nem pesar. E em paz.

Três meses. Eu e meu famoso TRÊS. Um número que é tão singular, mas imensamente significativo. Lembro como começou, lembro de cada lágrima e lembro do meus 20 dias pós. 
20 que não é múltiplo de 3, mas entrou para história também. 

E que os próximos 3 sejam multiplicados por centenas de outros 3. Quero até uns dias chatos, tristes e sem graça. Mas nada que me tire a PAZ e a TRANQUIDADE.

5 de maio de 2011

Meu pijama da paz

Eu comprei um pijama novo,  caro, lindo e rosa. Ele é tão confortável que, antes de dormir,  eu tomo banho só para vesti-lo. Meu pijama novo custou tanto quanto uma lingerie nova, mas eu não posso negar, ele me faz sentir tão bem. 

No meu pijama novo eu vejo tantas palavras. Letras que combinadas formam: Paz, sonhos, felicidade e amor. Até amor virado consigo ler. Tenho uma adoração especial por cada uma delas, mas sinto Paz. 

E como foi difícil sentir isso! Tantos caminhos turbulentos. Tantas coisas que achei que fossem mais importantes. Tantas lágrimas e quanta saudade. E hoje, meu pijama novo e  rosa me traz tudo que sempre procurei. 

Meu pijma novo me deixa até com sono (e isso é difícil!). Me faz pensar nos próximos dias que não esterei onde estou agora. Mas hoje, mais do que nunca eu sei que tenho tudo que preciso. 

E agora, posso sonhar e dormir com o meu pijama novo. Estou em paz. Tenho tudo que preciso. 



26 de abril de 2011

Fernanda Mello: vale a pena ler sempre


“Amar não é ter que ter sempre certeza,
É aceitar que ninguém
é perfeito prá ninguém,
É poder ser você mesmo e não precisar fingir
É tentar esquecer e
não conseguir fugir, fugir...”






 Quem nunca sentiu o coração apertado ou chorou ao escutar “O que eu também não entendo” do Jota Quest? Composição que podemos chamar de  “carta-desabafo”. 
Eu me defino como garimpeira de pessoas que fazem A diferença no mundo. Gosto de procurar e encontrar preciosidades, seja na música, na literatura ou no exemplo de vida. Pessoas que podem traduzir a própria alma numa simplicidade envolvente. É um: "entre, sinta-se à vontade, vou te falar o que você não consegue entender".  

O trecho da música acima é um singelo exemplo da preciosidade da Compositora e Escritora FERNANDA MELLO. Graças a Deus, nessa minha "caça" à brilhantes personalidades, encontrei essa mineira que consegue transformar sentimento em letra-viva. 

Conheci Fernanda Mello assim:
Há dois anos eu me deparei com esse trecho:
"Tudo com o que eu me importo, ME IMPORTA MUITO. Me suga, me leva, me atrai, se funde com tudo o que sou e me consome. Toda. Por inteiro. Sorte minha me doar tanto - e com tal intensidade - e ainda sair viva dessa vida."
Nesse momento meu mundo literalmente parou. Aquelas palavras eram “minhas”. Era o que eu sentia. O que sempre senti (e sinto até hoje). Senti como se alguém tivesse traduzido minha alma. Olhei o nome da autora: Fernanda Mello.
Então, naquele dia, eu descobri um Universo. Busquei todos os textos dela. E um mundo de sentimentos extremos e bem escritos -  muito bem escritos – apareceu na minha frente.

Posso dizer que a Fer é diferente de alguns autores que conheço e, por ser diferente, ela emociona. As palavras são carregadas de simplicidade, sem letras pela metade e palavras difíceis.

Você lê e acaba se identificando, é natural. Existem nessas palavras não só o desabafo ou a exteriorização de sentimentos. Fernanda dá a dica, não perde a rima e sempre tem um jeito de dar um conselho. Você aprende com Fernanda.
Este ano comprei “Princesa de Rua”, livro da Fer. Foi um grito por socorro. Todo mundo sabe o quanto o som de um coração quebrado é silencioso. E eu precisava me reabastecer com aquilo que sempre me faz bem: as palavras.
“Princesa de Rua” não foi só um restabelecimento de energias, foi a leitura que mudou minha vida. Aprendi tanto com aquelas páginas, e hoje agradeço até às lágrimas silenciosas do meu coração. Sem Fernanda alguns conceitos meio tortos não teriam mudado. Sem Fernanda boa parte da minha vida permaneceria obscura.

Fernanda é grandiosamente inspirada. É a inteligência e emoção numa só voz. 

Recentemente a Fer nos presenteou com a crônica digital “Amar é Punk”. Neste vídeo ela mostra – mesmo - toda simplicidade e grandiosidade que carrega no coração. De um jeito doce, suave e terno, ela fala sobre amor. Mais uma vez: de um jeito que eu nunca ouvi e nem li. É inspirador.

Não consigo dizer que ela é uma mistura desse autor com aquele outro. Para mim, ela é singular, e por ser única é capaz de entender o que existe dentro dela mesma.  

Termino meu post de hoje com trecho que mais gosto de “Amar é Punk”:
"Amar é ser rebelde (...). É, no meu caso, mudar o conceito
de tudo que já pensei que pudesse ser amor. Não, antes era paixão. Antes era imaturidade. Antes era uma procura por mim mesma que não tinha acontecido."

Deixo aqui as minhas dicas:
E presenteie quem você ama com: http://livroprincesaderua.blogspot.com/


* O Post vai para:
Fernanda e a iluminada ideia de publicar "Princesa de Rua". Meu livro companheiro de todas as noites. 
A dor de amor que mudou minha vida. 
Meu pai que  me deu dinheiro para comprar "um livro Fê-liz".



14 de abril de 2011

Quanto vale minha alma?

"Hollywood é um lugar onde te pagam mil dólares por um beijo e cinqüenta centavos por sua alma"
Marilyn Monroe

Como pode algo ser tão concreto ao sentir, mas tão abstrato ao tentar entender?
Penso nos valores que cada um carrega e me parece que ali também está a sua alma.
Eu analisei muitas almas. Tentei entender muitas pessoas. Achei certo. Errado. Apontei. Julguei.

Hoje, eu olho para as almas, para as pessoas, e por mais que eu tente apontar, eu não consigo manter meu julgamento.Quando olhei a minha alma, percebi milhares de furinhos que mereciam cuidado. Em mim, não nos outro. Até porque,  cada um conhece as dores e amores da vida. Ninguém é sempre feliz, assim como a tristeza não é permanente. A vida é assim.

Hoje a minha alma é muito mais calma. Meu corpo agita e minha alma estabelece a ordem. Entendo os meus limites, sei até onde posso ir. Sei quando devo voltar e me desculpar. E deixo os meus olhos mostrarem a minha verdadeira face.


A minha alma também é cansada. Não da vida. Mas de viver intensamente cada dia. Até dormir é difícil. Eu quero esgotar o meu cérebro de tanto ler. Buscar. Estudar. Falar. Entender.

A minha alma é compartilhada.

A minha alma é renovada.

A minha alma é preenchida.

A minha alma é curada.

A minha alma é iluminada.

A minha alma aceita.

A minha alma perdoa.

A minha alma ama.

A minha alma aprende. Sempre.

A minha alma REnascida.

O tempo reconstruiu a minha força e a minha alma.

E minha alma significa muito. Ela vale muito.

A minha alma vale o peso de um Lá maior.

"...hear the sound of joy that it's singing..."

PS: Take a peace of my soul. 

12 de abril de 2011

Amar é Punk....(Fernanda Mello)


No tears...no fear


Um cara namora, faz declarações "enfáticas": AMOR. Para sempre. Futuro. Casa. Juntos. E, sem entender como, você acredita nessas palavras e passa a sonhar com todo esse "mundo". Falso "mundo".

Um tempo depois, você - a bela - transforma-se em fera. Depósito de culpas. Frustradora de emoções. Ladra de felicidade. Sim, ele é infeliz e a culpa é sua - de acordo com o manual do homem bem resolvido.
Mas ele não é covarde, é um herói. O barco estava afundando mesmo, ele decidiu dar um "help" para os ratinhos.

Adeus promessas. Sonhos. Solidão. Ansiedade. Adeus mundo cruel ao lado da ex-bela. Ele foi ser feliz. Afinal, você usurpou a tão sonhada felicidade dele. Quanto egoísmo, fera!!!


E o que ele estava fazendo esse tempo? Batendo papo com o tempo? Ou perdendo tempo e gastando o seu também. Até encontrar uma outra "Bela"mais magra e que não perde a calma.

E depois de tudo isso, você fica feliz por não fazer o tipo dele.

O que não dá para entender é: Por que um cara que sabe o quanto fez você acreditar e desacreditar, chorar e desamar, acha normal - e até engraçado - ligar para você?

Pensa comigo. E tenha um pouco de respeito. Não tire a paz de alguém que não gosta de ouvir você. E não traga raiva para o coração de alguém.

PS: texto dedicado a todos caras que ouviram alguma vez na vida uma Bela dizer: " Avisa para a próxima que você é momentâneo. Que sempre foi. E que a culpa não é dela"


Antes de dormir...

Ah, vida. Eu preciso escrever sobre este momento para não esquecê-lo.

Tinha tanto de você em mim e tão pouco de mim mesma. E dessa forma meio altruísta eu te prendi em mim. Sem cortar, no entanto, as tuas asas. E por fim, você voou. Para longe, ou como diz a música: "so far away"...from me.

Eu sofri. Mas sofri tanto. Chorei. Rezei. Fui à Igreja. Gastei uma caixa de lenços na terapia. Pedi por socorro.

Os dias passaram e com eles também as minhas dores, os meus lamentos e lágrimas.
Eu voltei para mim. Inteira. Graças aos meus fiéis escudeiros, sonhos, livros, música e poesia.

E minha vida, que antes era tão você, agora sou EU, minha família, minha irmã, meus cachorros, meus amigos, meus novos amores. Minha vida. No topo: Eu.

Você, ah você, ocupou lugar de muitos, enquanto eu não ocupei o lugar de ninguém. Ou ocupei? Não me preocupo em responder. Hoje você só é uma inspiração para escrever.

Estou tranquila. Feliz. Acordo sem anseios e medos. Saio da cama, como quem salta para o novo. E, eu tenho que dizer: Que novo maravilhoso.

Não invento uma lógica para amar. Amar não tem lógica e nem preocupações. Amor é paz. Tranquilidade. Menos um, mais todos.

Essa não é mais uma carta de despedida. É o marco de março fazendo aniversário. É tudo que me faz rever e pensar:

Onde eu estive nesse tempo todo? Tempo em que havia tanto de você em mim. E infinitamente agradecerei por sair. Eu voltei para mim.

Com afeto e desapego de tudo que restou:

MUITO DE MIM E POUCO (MUITO POUCO) DE VOCÊ.